Artes Cênicas

NEKA poéticas corporais é um grupo independente, que se dedica a pesquisar processos de composição da cena para criar trabalhos artísticos em que o corpo é revelado como produtor de sentidos reverberantes. NEKA, criado em Goiânia no ano de 2011, é formado por artistas cênicos experientes, que desenvolvem conceitos e linguagens próprias de movimento, aplicadas à preparação corporal e criação de cenas espetaculares.

 

VEJA QUEM SOMOS:

Adriano Bittar

Fisioterapeuta, dançarino e professor. Possui graduação em Fisioterapia (PUCCAMPinas), especialização em Dança (UFBahia), mestrado em Artes Cênicas (UFBahia) e doutorado em Arte (UnBrasília). As pesquisas desenvolvidas por ele estão no campo dos estudos do movimento, e focam a preparação corporal e os processos de composição para a dança, a aplicação do método Pilates e da Terapia Craniossacral para a melhora da qualidade vida e na recuperação de lesões. Adriano começou a fazer aulas de balé e de dança contemporânea, em 1994, na Quasar e Espaço Quasar, com Luciana Caetano e Vanessa Ruiz. Na Inglaterra, ele aprendeu Butoh com Ray Baskerville (1994). Na Quasar, Adriano envolveu-se com um projeto de incentivo a novos talentos da cidade, que fez surgir o Grupo Galpão de Dança, coordenado e coreografado por Luciana Caetano. As aulas de balé clássico e de contemporâneo continuavam a ser feitas tanto na Quasar quanto no Galpão, com professores como Anselmo Zolla, Gica Alioto, Gleidson Vigne, Adriana Grechi, Paula Águas, Graziela Rodrigues, Erica Bearlz e Sônia Mota. Com a Quasar, participou de um trabalho publicitário para a marca de roupas Cantão, em São Paulo (1997). No Galpão, Adriano dançou por cinco anos, tendo participado de espetáculos como Capoeira (1998), Preto no Preto (2000), Enquanto se Espera (2000), Galpão em Performance (2000) e Obliquação (2002). Ele foi agraciado, junto ao Grupo Galpão, com o prêmio revelação da dança em Goiânia, oferecido pelo Centro Cultural Brasil Estados Unidos, no ano de 2000. Simultaneamente, na Universidade Estadual de Goiás/ESEFFEGO, ele começou a dançar com Cristina Bonetti, uma das maiores professoras de Danças Circulares do Brasil, tendo apresentado junto a essa mestra o espetáculo A Noite dos Maracás (1998) em diferentes festivais pelo país. Na universidade, criou, junto a Luciana Ribeiro, o ¿Por quá?, grupo experimental de dança. No ¿Por quá?, Adriano dirigiu, dançou e coreografou diversos espetáculos, tais como: Versões (2000), Mix (2001), Ideias ao Léu (2002) e Dançadeira (2008). Em 2000, também foi convidado por sua professora de balé clássico na Quasar e ensaiadora dessa companhia, Cláudia Daronch, a começar ali um trabalho de prevenção de lesões e de preparação corporal. Esse projeto, denominado de Projeto Equilibrartes (2000-2005), introduziu o Pilates e a Terapia Craniossacral na Quasar. No seu mestrado na Universidade Federal da Bahia/UFBa (2005), Adriano passou a aplicar a Terapia Craniossacral e o Pilates, de modo a preparar o corpo dos intérpretes de Janice, um espetáculo de Kleber Damaso apresentado no Ateliê de Coreógrafos da Bahia, em 2004. Além disso, descobriu as chamadas Células Corporais, fotos do processo criativo manipuladas por outros artistas visuais, para que revelem texturas ou partes anatômicas dos corpos em poética, que poderiam estimular outras metáforas imaginadas, ajudando, assim, os intérpretes a aperfeiçoarem suas poéticas em cena. Na UFBa, fez aulas de moderno com Antrifo Sanches e dança afro com Edileuza Santos. Concomitantemente, fez o pré-treinamento em Gyrokinesis® (2004) e os Cursos de Formação em Thai Yoga Massagem e em Vinyasa Yoga, ambos com Jamile Ansolin (2004). Em 2008, também dançou o espetáculo Cerratenses, de Luciana Caetano. Em 2012, como parte dos estudos para o doutorado, Adriano estreou o espetáculo MADAM, agraciado pela Lei Municipal de Cultura da cidade de Goiânia, e fundou o NEKA poéticas corporais. Em 2013, com o mesmo propósito, atuou como colaborador na pesquisa poética de Por 7 Vezes, da Quasar. Nesses dois últimos trabalho, aplicou as Células Corporais, e criou o Toque Poético, um tipo de toque específico, que ajuda o intérprete cênico a entrar em contato com outros impulsos que o fazem criar poesia em movimento, e os Rabiscos, em que os próprios bailarinos rabiscam sob as Células Corporais suas impressões e sensações do que sentiram quando dançaram. No teatro, Adriano trabalhou na preparação corporal de Andreia Pitta, no espetáculo (BOD)-Y-STERIA (2006); com Newton Murce, no espetáculo Atrás do Pensamento (2007); e com Urânia Maia, nos estudos para A Obscena Senhora D (2012). Adriano também vem estudando com Duda Paiva, criador de um teatro de bonecos que une dança e teatro, desde 2014. Em 2015, Adriano criou o Estágio em Fisioterapia Aplicada às Artes Cênicas no CEP Basileu França, e começou a auxiliar a preparação poética do Grupo Zabriskie Teatro e Cia de Teatro Nu Escuro.

Erica Bealz

Bailarina, coreógrafa e professora, Erica Bianco Bearlz é graduada em Dança pela UNICAMP. Em 2003 atuou nas atividades educativo-culturais do Espaço Quasar, em Goiânia-GO. Participou do grupo Desvio, sob direção artística de Henrique Rodovalho, como uma das fundadoras. Participou da montagem do espetáculo O Olho da Fechadura, dirigido por Hugo Rodas (Uruguai). Integrou o elenco da Quasar Cia de Dança, em Goiânia, de 2004 a 2011, sendo a partir de 2007, atuando como diretora de ensaio da mesma. Em 2009 participa como intéprete-criadora do Espetáculo Sobre o que não é dito, sob direção de Henrique Rodovalho. Também em 2009 participa do Projeto Distância, contemplado com o Prêmio  Interações Estéticas – Residências Artísticas em Pontos de Cultura 2009 da Funarte, atuando como coreógrafa e diretora à distância. Em 2011 passou a fazer parte do corpo docente do CEP em Artes Basileu França. Ministrou a Oficina de Dança Contemporânea e Assistência Coreográfica, projeto aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Goiânia. Participou do 1,2 na Dança – Festival Internacional de solos e duos de dança contemporânea, em Belo Horizonte, MG. Foi Premiada pelo o Prêmio Pró Cultura – Funarte, com o projeto Paisagens Corporais. Atualmente trabalha independentemente como intérprete e coreógrafa, além de realizar cursos e workshops de dança contemporânea, técnica clássica diferenciada e trabalhos de Ideokinesis aplicada à dança. Licenciou-se em Fletcher Pilates® em abril de 2012. Em 2014, Erica começou a dançar Caçada, com Rodrigo Cruz.

Nilo Martins

Graduado em arquitetura e urbanismo pela UCG no ano de 2009, Nilo iniciou na dança em 2003 no  espaço Quasar, fazendo aulas de clássico diferenciado, antropologia do movimento e contemporâneo. Compôs o NEPQ (Núcleo de Pesquisa do Espaço Quasar) em 2004, onde realizou trabalhos com interprete criador. No final do curso de graduação começou a tratar do tema intercessões entre arquitetura e dança nos trabalhos de conclusão de curso e até hoje segue pesquisando as possíveis relações. Em 2014 Nilo participou do Núcleo Coreográfico do SESI Goiânia, em parceria com a Escola de Dança da Universidade Federal de Goiás.

 

TRABALHOS

MADAM
Em MADAM, agraciado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura da cidade de Goiânia, NEKA revela a crudeza das relações contemporâneas ao explorar as interseções entre dança e arquitetura. Dessa forma, diferentes espacialidades se tornam possíveis em cena, o que faz com que os intérpretes criem uma poética diretamente relacionada aos “corpos edificados” nos “espaços dançantes”. À medida em que a narrativa se estabelece, e o espaço influencia a cena, fica claro que MADAM explora a temática eixo conjugalidade, entendida como o compromisso matrimonial, onde o matrimônio tem um sentido ampliado, significando as várias formas de união possíveis na sociedade atual. Assim, o espetáculo tem características de intervenção urbana, sendo que a plateia fica livre para caminhar entre as instalações criadas.

Visite o blog:
corposedificadosneka.blogspot.com.br

 

Preparação Poética Giro 8 Cia de Dança
Erica Bearlz vem desde 2012 fazendo um trabalho corporal e de poética como diretora de ensaio da Giro Oito Cia de Dança, que tem como diretora e coreógrafa Joisy Amorim. Criada em 2011 pelo Grupo Energia de Dança, que esteve na cena goiana por aproximadamente 28 anos de existência, a Giro 8 fez a sua estreia com o Retrato em Preto e Branco. Desde então, a Cia tem participado de importantes eventos em Goiás e no Brasil. Em 2014, a Giro 8 estreiou Entre o Eu e o Mundo.

 

Preparação Corporal e Colaboração na Pesquisa Poética de Por 7 Vezes, da Quasar Cia de Dança
Este projeto envolveu a participação de Adriano Bittar e a parceria com Henrique Rodovalho por mais de 34 meses. Ao usar as Células Corporais, o Toque Poético e os Rabiscos, o elenco foi sendo ajudado a sensibilizar-se para as ideias e movimentos que Rodovalho e o elenco criavam para este espetáculo. Para maiores informações, visite: <http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,cia-quasar-estreia-obra-que-observa-partes-do-corpo,1082128> e quasarciadedanca.com.br

 

Núcleo Coreográfico SESI/UFG 2013/14
Nilo Martins e Gabriel Côrtes trabalharam juntos para criar um espetáculo de dança desenvolvido no NÚCLEO COREOGRÁFICO. O Núcleo foi uma residência coreográfica que elegeu artistas da cidade de Goiânia para criarem pequenos trabalhos a partir do contato com outros artistas convidados, como Vanilton Lakka (MG), Andréa Bardawil (CE), Angela Nolf (SP), Paulo Caldas (CE), Morena Nascimento (SP), Laís Bernardes (RJ) e Henrique Rodovalho (GO).

 

Preparação Poética do Grupo Zabriskie Teatro
Neste novo projeto iniciado em 2015, Adriano Bittar está aplicando o Fletcher Pilates e a Terapia Craniossacral para fazer uma pré-expressividade aparecer. À partir daí, jogos teatrais, as Células Corporais, o Toque Poético e os Rabiscos serão utilizados para dar origem às máscaras que serão levadas para a cena. Conheça o grupo em zabriskie.com.br

 

Preparação Poética da Cia de Teatro Nu Escuro
Neste projeto iniciado em 2015, Adriano Bittar irá trabalhar com diferentes técnicas corporais e com o Toque Poético, para ajudar os atores a se prepararem para a cena de um novo espetáculo em construção. Ao mesmo tempo, ele irá trabalhar em contato maior com Isabela Nascente e Duda Paiva, para que a poética no uso de uma boneca para esta nova peça seja encontrada. Conheça o grupo em www.nuescuro.com.br

MADAM

NEKA revela a crudeza das relações contemporâneas ao explorar as interseções entre dança e arquitetura.

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